Quem não tem teto de vidro
Que atire a primeira pedra
Andei por tantas ruas e lugares
Passei observando quase tudo
Mudei o mundo, gira num segundo
Busquei dentro de mim os meus lares
E aí, tantas pessoas querendo sentir
Sangue correndo na veia
É bom assim, se movimenta está vivo
Ouvi milhões de vozes gritando...
Eu quero ver quem é capaz
De fechar os olhos e descansar em paz
Quem não tem teto de vidro
Que atire a primeira pedra
Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos, lembro o tanto que falei,
deixei, calei
E até me importei
Mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção
Vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião